sexta-feira, 6 de maio de 2011

Defiance (US)



O Defiance é uma das bandas menos lembradas da Bay Area, provavelmente por ter sido uma das últimas a terem lançado disco naquela região. O debut Product Of Society, produzido pelo Jeff Waters é quase como uma amostra exemplar do que era o thrash metal no final dos anos 80. A princípio a banda pode soar um pouco simples e básica demais, mas o que realmente torna esse debut um grande disco é a energia que a banda põe tocando músicas que mesmo dentro de sua simplicidade soam brilhantes. O som se enquadra no termo street thrash, com vocais totalmente sem emoção (cortesia do Ken Elkinton, que nunca gravou mais nada além desse disco) mas que casam de maneira maravilhosa com a música. Product Of Society é um disco feito por pessoas que sabem expandir tudo ao máximo dentro de seus limites.


Entre mais um dos casos de discos arruínados pela gravação pobre, aquí está o segundo álbum do Defiance lançando em 1990, Void Terra Firma. Após a saída do Ken Elkinton, Steev Esquivel foi chamado para o posto de vocalista do Defiance. De fato, ele possuí uma voz muito mais agressiva e poderosa do que o anterior, mas é inacreditável como tudo nesse álbum é inaproveitado graças a péssima gravação. O Defiance aqui não consegue passar o mesmo feeling "estiloso" do primeiro álbum, as músicas soam mal-feitas e as linhas vocais de alguma maneira parecem não se encaixar muito bem com o instrumental da banda deixando realmente difícil a apreciação geral do álbum. O cover horroroso da faixa Killers do Iron Maiden pode até ser usado como exemplo da atmosfera geral estranha desse álbum. Não importa o quanto alguém queira pensar diferente, o álbum Void Terra Firma não manteve a qualidade do anterior.

Alguns vídeos da tour desse disco, nos 2 primeiros a banda abriu para o Vio-lence (!).

LockJaw:


Slayground:


Checkmate (91):


Tendo bastante o que provar depois do lançamento do Void Terra Firma, o Defiance volta com seu terceiro álbum em uma época já não muito favorável ao thrash metal surpreendendo com um disco cheio de qualidade e originalidade. A princípio, o Beyond Recognition pode soar pouco tradicional comparado aos discos anteriores, mas as partes com pegada são preenchidas por riffs palhetados com muita criatividade. Os vocais do Steev Esquivel soam poderosíssimos e fluem bem com a parte instrumental, totalmente diferente do álbum anterior da banda. O Beyond Recognition de fato é um álbum difícil de acostumar, mas é nessa fase que a banda atingiu o seu ápice, e faixas como Step Back, Perfect Nothing e Inside Looking Out são ótimos exemplos do estilo novo mais versátil e original da banda. O álbum Beyond Recognition foi um dos últimos suspiros do thrash metal clássico, um disco excelente que merecia bem mais atenção na época.

Inside Looking Out:

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